sábado, 11 de abril de 2020
ÁRIA E A BALEIA
Se houvesse um prêmio para baleias que saltassem bem mais
alto do que outras, certamente, a baleia que a fada Ária não se cansava de
observar teria ganhado esse prêmio.
Certo dia, durante alguns desses saltos prodigiosos, a
delicada fadinha teve a oportunidade de comentar: “Você gosta tanto do ar
quanto da água!... Eu tenho pavor da água, porque eu perderia os meus poderes
mágicos se entrasse em contato com ela.”.
A baleia perguntou: “Se você tem tanto medo de perder seus
poderes, por que não fica bem longe da água?!...”.
Com o olhar envolto em tristeza, a fada respondeu: “Porque eu
ainda tenho esperança de reencontrar o meu castelo de cristal, que um mago, num
passe de mágica, fez desaparecer e disse que eu só voltaria a vê-lo se me
aventurasse a buscá-lo no fundo do oceano.”.
Demonstrando profundo interesse, a baleia perguntou: “O seu
castelo brilha tanto quanto o Sol?!...”. Sorrindo docemente, Ária exclamou:
“Você o viu!...”.
A baleia encorajou-se a dizer: “Eu o encontrei e poderia
trazê-lo para você se você prometesse me erguer por entre as nuvens, para que eu pudesse assistir, do alto, a um pôr-do-sol.”.
Entusiasmada com a perspectiva de voltar a rever seu castelo,
Ária realizou o sonho da baleia antes mesmo que ela fosse buscar o castelo.
Acreditando que estivesse sonhando, a baleia fechou os olhos e permitiu que
balões vermelhos a afastassem da água. Ela pensou: “Asas!... Eu ficaria
imensamente feliz se tivesse asas!...”.
Depois de contemplar o pôr-do-sol, a baleia retornou ao mar e
entristeceu-se quando os balões desapareceram. Procurando esquecer a
contrariedade, ela mergulhou para cumprir a sua parte no acordo.
Uma semana se passou antes que a baleia voltasse trazendo, em
sua boca, o castelo da fada. Ela se surpreendeu ao ouvir Ária dizer: “Feche os
olhos e, aconteça o que acontecer, não solte o meu castelo!...”.
E, naquele momento, algo muito surpreendente aconteceu: Em vez de balões, um par de asas douradas possibilitou à baleia acompanhar Ária até a floresta encantada.
E, naquele momento, algo muito surpreendente aconteceu: Em vez de balões, um par de asas douradas possibilitou à baleia acompanhar Ária até a floresta encantada.
Texto: Sisi Marques
Arte: Felipe Farias
sexta-feira, 17 de março de 2017
sábado, 25 de fevereiro de 2017
MARIANA E O ELEGOLFINHO
Há muito tempo existiu uma fada que adorava elefantes. Ela se ressentia porque elefantes são animais terrestres, e ela vivia no fundo do mar. Para fugir à solidão, ela criou um elegolfinho. Com o passar dos anos, a fada cansou-se de viver no mar e decidiu morar em uma floresta, onde as flores exalavam doces perfumes. Para a infelicidade daquele ser mágico, metade elefante e metade golfinho, a fada encantou-se com os pássaros e nunca pensou em visitá-lo.
O elegolfinho preocupou-se
terrivelmente... Ele possuía um dom e sabia que não conseguiria se esconder da
bruxa do mar por muito tempo. No mesmo instante em que a bruxa o capturasse,
ela faria um desejo que se realizaria num piscar de olhos. Ele vivia
atemorizado... E, certo dia, quase morreu de susto quando Mariana, uma
sereiazinha, aproximou-se. Refeito do susto, ele contou a ela sua história.
Um mês se passou desde
o inesperado encontro, e elegolfinho sentia-se tão feliz que já havia até se
esquecido de que a bruxa poderia tentar capturá-lo. Mariana, no entanto,
permanecia atenta e foi ela quem protegeu o elegolfinho quando a bruxa se
aproximou. Ele ouviu a bruxa perguntar a ela: “Onde está o elegolfinho?!... Eu
tenho observado vocês dois!... Passam horas e horas brincando!... Onde foi que
ele se escondeu?!... Diga logo, garotinha, porque eu quero realizar o meu
desejo de poder e riqueza!... Assim que eu colocar as mãos naquele animal, o
mundo todo será meu!...”.
Mariana permaneceu
calada, e a bruxa insistiu: “Onde está o elegolfinho?!... O que há com
você?!... Não entende o que eu digo?!... Menina tola!... Não pense que
conseguirá me enganar!... Aquele animal ainda será meu!... O mundo todo será
meu!... E você terá que implorar para continuar existindo!...”.
Quando a bruxa se
afastou, o elegolfinho disse: “Eu não compreendo por que a bruxa ficou
perguntando por mim, se eu estava aqui o tempo todo!...”. Mariana confidenciou:
“Quando você me contou sua história, eu fiz um pedido... Eu desejei que você se
tornasse invisível para todas as pessoas que tentassem capturá-lo.”.
Antes que elegolfinho e
Mariana voltassem a brincar, ele disse: “A sua amizade me salvou da maldade
daquela bruxa!... E salvou também o mundo!... Os laços que o coração tece são
indestrutíveis!...”.
Texto: Sisi Marques
Arte: Felipe Farias
Arte: Felipe Farias
A FADA E O GLOBO
Era uma vez uma fada
que passava o dia todo acariciando as flores. Certo dia, ela disse às flores,
que tanto amava: “Se eu pudesse soltar este globo, eu ficaria com as duas mãos
livres para sentirem a maciez de suas pétalas!... Este globo deve servir para
alguma coisa... Mas para quê?!... Ele é opaco e não responde às minhas
perguntas!...”.
Enquanto a fada
conversava com as flores, um jovem, segurando um caderno e
uma caneta, aproximou-se do canteiro onde ela estava e sentou recostado a uma
árvore. A fada assustou-se porque, no mesmo instante, o globo começou a
brilhar. Ela pensou: “Justo agora, este globo resolveu funcionar!... Se esse
rapaz perceber que estou aqui, certamente tentará me capturar!...”.
A fada só compreendeu o
que estava acontecendo quando, minutos depois, ela ouviu o jovem dizer: “Este
lugar é mágico!... Eu não me surpreenderia se, de repente, uma fada aparecesse
e dissesse que foi ela quem transmitiu toda essa inspiração ao meu coração!... Eu
sempre voltarei aqui para escrever meus poemas!...”.
Quando a fada viu o
jovem se afastar assoviando alegremente com o caderno debaixo do braço, ela
abandonou o seu esconderijo entre as flores e contemplou o globo. Ela pensou: “É
esse o meu destino: Ser a guardiã do globo cujo brilho inspira e aquece o
coração humano!...”.
Texto: Sisi Marques
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
A POÇÃO DE AMOR DA PRINCESA NUVEM AZUL
Em um reino inacessível
a nós, habitantes do Planeta Terra, existiu uma Princesa que se apaixonou por
um Príncipe cujo coração pertencia a uma Camponesa. A Princesa se chamava Nuvem
Azul e decidiu preparar uma poção de amor que ofereceria ao Príncipe durante uma
festa. O único problema era que ela não
possuía o ingrediente principal da poção: penas de corvo.
Nuvem Azul, depois de
sobrevoar muitos reinos montada em sua nuvem, conseguiu encontrar um Corvo no
quintal de uma Bruxa. Pacientemente, a Princesa esperou, esperou e esperou até
que a Bruxa se afastasse... E, aproveitando-se de um minuto de distração do Corvo,
ela desceu velozmente e o capturou.
Assustado, o Corvinho
começou a grasnar, e a Bruxinha compreendeu que ele estava em apuros...
Imediatamente, ela subiu em sua vassoura e logo lá estava ela no céu,
perseguindo a Princesa. Mas, para a infelicidade do Corvinho, a nuvem da
Princesa era mais veloz do que a vassoura da Bruxinha, e a Princesa teve tempo
de arrancar suas penas enquanto se afastava. Ela só o libertou depois de vê-lo
completamente depenado.
Triste e envergonhado,
o Corvinho conseguiu voar na direção da Bruxinha. Ao vê-lo naquele estado, a
Bruxinha ficou ainda mais zangada e pensou em se vingar da Princesa. Mas, de
repente, ela teve uma ideia que a fez esquecer seus planos de vingança... Ela
acolheu o Corvinho em seus braços e o conduziu ao seu laboratório, para
ajudá-la a preparar uma poção que o transformaria em um pavão belíssimo.
Você deve estar
perguntando o que aconteceu com a Princesa!... Ela ficou muito preocupada
depois que o Príncipe ingeriu a poção e começou a passar mal. Com receio de que
ele morresse, ela entregou ao Mago Real a receita da poção para que ele
preparasse um antídoto. Quando o Príncipe se restabeleceu, o Rei ficou tão
feliz que consentiu que ele se casasse com a Camponesa.
Texto: Sisi Marques
Arte: Felipe Farias
domingo, 27 de novembro de 2016
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