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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

A HISTÓRIA DE LÍNEA







Vamos mergulhar nos pensamentos de Línea para descobrirmos sua história...

Ela nem sempre foi uma fada... Ela era uma princesa que amava as flores de seus jardins. Isso parecia ser suficiente até o dia em que ela viu, entre as flores, uma fada que olhava para ela com tanta ternura que fez com que o amor despertasse em seu coração.

O jovenzinho de asas coloridas parecia compreender seus pensamentos, e ela não lhe dirigia a palavra com receio de quebrar o encanto que tornava aqueles momentos tão mágicos!...

Certo dia, ele ousou se aproximar e, sem mover os lábios, ele disse antes de fechar os olhos e beijá-la: “Línea, embora o nosso amor pareça impossível, ele se concretizará quando você se despedir desta dimensão. Eu preciso partir... Para que você se lembre de mim e continue expressando o seu amor, eu lhe concederei o dom da cura... Eu jamais me cansarei de esperá-la... Muitos anos se passarão até nos reencontrarmos... Apesar disso, o nosso amor se agigantará eternamente...”.

Línea não chorou ao vê-lo partir, porque ela acreditou em sua promessa. Os anos se passaram, e Línea, com o dom que o seu amado lhe ofertara, baniu a doença de seu reino. Foi com muita tristeza que os seus súditos, um dia, a viram serenamente fechar os olhos para este mundo.

Quando Línea despertou de um sono profundo, ela se surpreendeu ao ver o rosto do jovem a quem tanto amava!... Ela também não cabia em si de felicidade ao contemplar o seu reflexo em um lago: ela estava com a mesma aparência de quando o conhecera, e a felicidade tornou-se ainda mais completa quando ela sentiu a leveza do par de asas que permitiam que ela voasse!...

Sim, Línea havia se tornado uma fada... Em suas asas, havia a cor do céu e a cor das árvores... E, em seus cabelos, havia a cor da terra e a cor da chama que irradia a magia da cura e da paixão. 


Texto: Sisi Marques

Arte: Felipe Farias

Arte Felipe Farias (21)




sábado, 19 de dezembro de 2015

O PEDIDO QUE LAERTE FARIA AO PAPAI NOEL, SE ACREDITASSE NELE


  




Você consegue imaginar um robô que goste de brincar?!... Laerte desenhou um... Ele se chamava Arnaldo... Naturalmente Laerte também desenhou a si mesmo para que ele pudesse se divertir na companhia daquele amigo que havia saltado de sua imaginação.

Mas o desânimo apoderou-se dele quando ele pensou que jamais se sentiria tão alegre quanto ele parecia naquele desenho!... Ele levantou da cama e desistiu de terminar o desenho que se tornara um sonho inatingível!...




Antes de deixar o quarto, ele disse em voz alta: “Eu não acredito que Papai Noel exista... Mas, se ele existisse, eu pediria a ele que me deixasse sonhar com esse robozinho para que pudéssemos passar a noite toda brincando!...”.

Quando a noite chegou, o último pensamento que Laerte teve, antes de adormecer, foi a lembrança do que ele dissera que pediria ao Papai Noel, se acreditasse nele...

Naquela noite, Laerte teve um sonho inesquecível!... Ele sonhou que brincava com Arnaldo, o robozinho que ele havia desenhado!... Eles combinaram de construir um foguete... E, depois, viajaram até um planeta habitado por brinquedos. Infelizmente eles não puderam permanecer lá por muito tempo, porque o despertador tocou, e a mãe de Laerte logo entrou no quarto para lembrá-lo de que ele não poderia chegar atrasado à escola.

Mas o sonho de Laerte permaneceu tão vívido em sua imaginação que ele compreendeu que aquele planeta não era distante e estaria esperando por ele e Arnaldo sempre que eles desejassem retornar.




Arte: Felipe


Texto: Sisi & Felipe 

Arte Felipe Farias (20)








sábado, 12 de dezembro de 2015

O UNICÓRNIO DE CAUDA COLORIDA E A FADA






Na terra encantada dos unicórnios, existia um unicórnio que era diferente dos demais: sua cauda, em vez de azul, era colorida, e ele ainda possuía poderes mágicos que mantinha em segredo.

Sim, os amigos do unicórnio de cauda colorida não suspeitavam que ele voava e, muito menos, que ele sabia que zombavam dele porque, quando ele voava ou quando prestava atenção aos comentários que maldosamente teciam a seu respeito, ele estava sempre invisível.




Certo dia, ele também confiou na magia da invisibilidade, para se esconder de uma fada que visitou a terra dos unicórnios com a intenção de escolher um animal para conduzi-la em suas viagens. Ela desejava encontrar um unicórnio que voasse e que tivesse o dom da invisibilidade, e ficou decepcionada ao verificar que todos eles eram iguaizinhos e que nenhum deles possuía poderes mágicos.


Preparando-se para partir, ela comentou pensativa: “O animal que procuro não está aqui. Talvez eu o encontre na terra dos cavalos alados...”. O unicórnio de cauda colorida, que todo aquele tempo ficara quietinho prestando atenção aos delicados movimentos da fada, tornou-se visível, e ela sorriu ao compreender que era ele o animal que ela tanto procurara. 



Texto: Sisi Marques

Arte: Felipe Farias
      &
       Sisi Marques

Arte Felipe Farias (19)






Arte Sisi Marques (15)








quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O COALA ERA UM AMIGO DE VERDADE





Em uma floresta onde os animais viviam em harmonia, havia um Urso Panda que parecia ter um sonho diferente a cada dia. Ele possuía muitos amigos que gostavam dele e o achavam muito engraçado. Mas era apenas com o seu amigo Coala que ele poderia falar sobre os seus sonhos, porque ele era o único que torcia para que os seus sonhos se realizassem.

Houve um dia em que o Urso Panda acordou com a ideia fixa de voar e imaginou que, se ele segurasse uma folhinha em cada mão e as agitasse, elas sustentariam o peso do seu corpo. Embora a ideia fosse impossível, o Coala acreditou que o seu amigo conseguiria voar.

Depois de um esforço insano para tirar os pés do chão, o próprio Urso Panda começou a rir de sua ideia absurda e, enquanto ele ria, ainda teve a oportunidade de ver o Coala com as mãos unidas, como se estivesse fazendo uma prece para que o sonho dele se realizasse. Isso fortaleceu ainda mais aquela amizade que prometia ser duradoura.




Arte: Felipe


Texto: Sisi & Felipe 

Arte Felipe Farias (18)